É sempre assim.
Você escolhe o filme-catástrofe mais legal da temporada, atrás de 2 horas de destruição insensata. A trama se desenvolve bem.
Nosso herói descobre o perigo. Avisa o prefeito/presidente/xerife. Ele desacredita o herói. Wilbur, o assessor, ri da cara dele. O perigo avança.
A família de Wilbur é a primeira a pagar com a vida, quando a ameaça já está comendo solta. O prefeito/presidente/xerife diz "eu devia ter acreditado nele", antes de ser dilacerado pela ameaça.
Faltando 3 minutos para a destruição insensata, o herói liga pra casa. Como num passe da mágica, sua mulher consegue manter a calma, vestir as crianças, fazer malas, sanduíches e ainda tirar o carro da garagem sem bater, quando o filho mais novo diz:
– Mas mamãe, e o Toby? Ele vai morrer?
Naquele momento, se ela pisar no acelerador, vai dar tempo dela sair da cidade, antes que a ameaça queime sua casa, destrua sua rua e torre 30 milhões de dólares em efeitos especiais. Mas adivinha qual é a decisão da mãe??? Botar a vida dos 3 filhos do herói em risco pra salvar o maldito cachorro.
Vão dizer: "você pensa assim porque não tem cachorro". Tenho. E adoro o bicho. Mas eu tenho filho também, e na hora de escolher entre um e outro, não tenho dúvida.
Então, diretores de filmes-catástrofe. Já que vocês vão salvar o bicho mesmo, façam com que a mãe lembre dele no primeiro momento, sem precisar voltar na zona de guerra e ficar gritando: "venha Toby, não tenha medo", fodendo com o filme que estava indo bem até ali.
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3 comments:
Nossa... como você é insensível, Tex. Vou te mandar a URL de um netcurso que fiz uma vez de "Sensibilidade empresarial e familiar". Vamos ver se assim dá jeito nesse seu coraçãozinho de neve.
Hahahaha
Óoootema a segunda parte da campanha :)
... esses diretores precisavam conhecer a Xana e a Xota....
Com certeza estariam dentro do carro antes de todo mundo, a título de salvarem vossas peles.... isso se não roubassem o carro antes da pobre mãe desesperada.....
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